terça-feira, 26 de abril de 2011

Olhando gestalticamente para as organizações: afinal, o que pode o Psicólogo?

Cleber Rodrigues de Paula

A partir de qual lugar olha o psicólogo no contexto do trabalho e das organizações?

Olhar tangido pela ética que acolhe o estranho, o inusitado; e um agir pautado pelo desvio para esse estranho - o olhar da gestalt-terapia.

 
E onde está esse outro (estranho) no contexto das organizações?

Estará naquilo que a linguagem organizativa chama de “fator humano”?

Estará lá fora, naquilo que ameaça a pretensa estabilidade?

Quando se fala em algo que se quer organizado, esse outro/estranho soa ameaçador, portanto alvo de ataques ou de correções, não de acolhimento.

Então, o que pode o psicólogo?

Venha participar  conosco dessa discussão no próximo Gestalt em Ato, dia 04 de maio de 2011, às 19hs, no Instituto Müller-Granzotto.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Abril de 2011- Recursos terapêuticos: descobrindo crianças


Em 6 de abril, aconteceu a segunda edição do Gestalt em Ato de 2011 com o trabalho Descobrindo crianças e os recursos terapêuticos, apresentado pelas Psicólogas Carolina Koneski e Lydiane Soares. O encontro reuniu estudantes e profissionais interessados em conhecer um pouco mais sobre o tema.

O trabalho iniciou com uma breve apresentação dos participantes, seguido por um experimento clínico envolvendo recursos lúdicos. Em seguida, foi aberto um espaço onde cada um podia falar de sua experiência com os recursos e o que motivou a escolha de cada um. Uma conversa informal foi se delineando com base nessa experiência e, após essa parte vivencial foi se evidenciando a história infantil de cada participante que foi mobilizada a partir do recurso terapêutico. As terapeutas deram prosseguimento ao trabalho trazendo aquilo que embasa o trabalho do gestalt-terapeuta infantil e esclarecendo qual a função dos recursos lúdicos nessa abordagem.

Agradecemos a presença de todos que contribuíram para a construção desse encontro entre a criança e o adulto e deixamos um convite para o próximo Gestalt em Ato que será realizado em 4 de maio de 2011: Olhando gestalticamente para as organizações: afinal, o que pode o psicolólogo?

sábado, 2 de abril de 2011

Descobrindo crianças e os recursos terapêuticos

Carolina Koneski
Lydiane Soares

Todos nós, ao lembrarmos nossa infância, vivenciamos cenas e experiências com nossos mais fiéis companheiros: nossos brinquedos, bonecas, cavalos, jogos, carrinhos. É a partir do olhar de nossa experiência no mundo, como um ensaio de nossa expressão, e deste brincar, que o terapeuta é convidado a participar no atendimento terapêutico com a criança. Os recursos terapêuticos facilitam a comunicação e, através do convite do brincar, disponibilidade, forma e afetação possibilitam o surgimento dos ajustamentos e os padrões relacionais (lidar com a falta, frustração, limites e a capacidade de fantasiar). Presentificando a forma, como bem cita Muller-Granzottto, quando diz que a “meta da experiência clínica – dessa proposta ética de comprometimento com aquilo que faz desvios – é mobilizar a manifestação desses invisíveis” (M.R. MULLER-GRANZOTTO, 2007.).

A vivência lúdica aqui vivida como uma intervenção, como o fenômeno que se apresenta no campo - uma experiência singular e intransferível, encharcada de sentidos e significados na experiência de quem brinca - “[...] talvez seja uma das experiências mais emblemáticas e bonitas da psicoterapia: possibilitar que a criança dê solução à seguinte questão: ‘como eu posso manipular criativamente o meio para suprir minha necessidade através de caminhos satisfatórios?” (AGUIAR, 2005, p. 229).

Na clínica com crianças, onde os recursos terapêuticos são formas de expressão e não meios de avaliação, cabe ao clínico ocupar um lugar diferente na interpretação e análise do brincar. A partir dessa compreensão, pretendemos discutir acerca da prática clínica gestáltica e dos recursos terapêuticos na clínica com crianças.

Aguardamos sua presença.