Josiane Giese
Marcele de Freitas Emerim
Mariana Vidal
As discussões e problematizações
sobre questões de gênero, homoafetividades, identidades trans, ainda que com
notório atraso e lentidão, vêm ganhando cada vez mais espaço na mídia, nas
universidades, em organizações sociais, nas políticas públicas, no cotidiano
das pessoas. Cada vez fica mais explícita a violação da intimidade, a
“violência da norma”, o preconceito e o “não lugar” reservado àqueles que, sob
o olhar de um discurso normatizador (heteronormatizador!), estão “fora dos
padrões”. Assim como fica cada vez mais evidente a necessidade de um
posicionamento político dos profissionais de saúde que garanta cidadania
(dimensão política) e humanidade (dimensão antropológica) a todas as pessoas:
com o corpo que desejem ter, com o qual se identifiquem; com as práticas
eróticas que lhe deem prazer ou satisfação; sem a necessidade (imposta) de
estarem identificadas ao gênero historicamente atribuído à sua anatomia de
nascença ou de “escolher” entre um ou outro (o velho binarismo que impera na
lógica hegemônica de produção de saberes e poderes).
O desamparo e/ou a perseguição
sofrida por algumas pessoas que “ousam” desestabilizar o pensamento dominante,
bem como o não acolhimento a seus modos de se relacionar afetivo e sexualmente,
ao seu modo de se vestir, ou de perceber e exibir seu corpo, pode levar ao
sofrimento (ético, político e, também, antropológico).
Como temos recebido estas pessoas
em nossos consultórios ou nos demais locais de atuação do psicólogo? Que
clínica estamos exercendo?
Vamos continuar esta conversa?
Esperamos você no dia 05 de junho (terça-feira), às 19h (de volta ao horário original!), no
Gestalt em Ato – atividade gratuita e aberta ao público.
Local: Instituto Müller-Granzotto – Centro
Al. Gov. Herberto
Hülse, 98 - Florianópolis