quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A clínica infanto-juvenil e os sistemas íntimos: uma parte do todo

 

Carolina Koneski

Maria Teresa Mandelli

Desde muito pequenos somos arrematados por desejos e demandas advindas do primeiro contexto social no qual somos inseridos - a família, que escolhemos chamar de sistema íntimo.

Segundo Oaklnader (1992), a família é o primeiro contexto do qual a criança faz parte, sendo o mais relevante nos seus primeiros anos de vida pelo forte vínculo de dependência entre a criança e a família e pela presença intensa do processo de assimilação no início da vida. Dessa forma, ao pensarmos a Clínica infanto-juvenil, ao recebermos uma criança ou adolescente em nosso consultório, precisamos ficar atentos aos pedidos, quem pede o quê? Para que está servindo esse comportamento da criança nessa família? De que forma a família se beneficia desse tipo de comportamento? O que pode acontecer se a criança ajustar-se de forma diferente? 

Importante pensar a partir de uma concepção da auto-regulação familiar, para compreendermos a forma como a criança se apresenta; isso pode nos levar a perceber a forma relacional da criança e qual a sua função no sistema íntimo. Por exemplo, a criança que dorme com os pais ou a criança que não consegue ‘suportar’ a ausência da mãe. O que esses pais, de fato, não suportam? O que pode estar orientando essa dependência? Quem torna-se dependente?

Se, em nossa compreensão clínica, a família é entendida como um todo relacional corresponsável por aquilo que se manifesta a partir de sintomas, o trabalho clínico faz-se necessário em conjunto. Tal intervenção fundamenta-se na seguinte articulação,

 “Os distúrbios estão no campo; é verdade que eles derivam dos “conflitos internos” dos pais, e resultarão, posteriormente, em conflitos introjetados no filho ou filha à medida que estes se tornam independentes. Porém sua essência na relação sentida e perturbada é irredutível as partes. Desse modo, a criança e os pais têm de ser considerados juntamente”. (P.H.G,1997, p.161).
Enfim, é nesta vivência de campo, que o clínico poderá ser arrebatado pela forma familiar e, através disso, encontrar um lugar para aquilo que é estranho e comumente está alienado da responsabilidade familiar.

Venha participar essa discussão no próximo Gestalt em Ato, dia 02 de outubro de 2012, às 19hs, no Instituto Müller-Granzotto  (centro) para o úlltimo trabalho desse ano!! 

Referências:

Oaklander, V. Descobrindo crianças: a abordagem gestáltica com crianças e adolescentes. São Paulo: Summus, 1980.
Perls, F. S.; Hefferleine, R.; Goodman, P. Gestalt-TerapiaSão Paulo, Summus, 1997


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Setembro: Grupos e Gestalt





Na terça-feira, dia 04 de setembro de 2012, foi realizada pelo terapeuta, Rodrigo Gomes Ferreira, mais uma edição do Gestalt em Ato com o trabalho: Clínicas Gestálticas: acompanhamento e desvio no plural. Esse encontro reuniu profissionais interessados em conhecer mais sobre grupos e Gestal-terapia. 

O encontro foi conduzido de maneira informal trazendo à tona questionamentos, experiências e possibilidades de trabalho com grupos em  Gestalt-terapia. O clima de conversa foi a marca desse encontro que reuniu um grupo de profissionais que desejava aprofundar mais a discussão sobre o alcance dessa forma de trabalho.  Rodrigo compartilhou também  sua experiência de trabalho com o grupo: "Amor, Sexo, Paixão, e eu?” desenvolvido ao longo de 2012 no Instituto Muller-Granzotto.

Agradecemos a participação de todos aqueles que estiveram presentes em mais uma edição do Gestalt em Ato e convidamos para o último trabalho deste ano,  Clínica Infanto-Juvenil e Sistema Íntimo, que será apresentado no dia 02 de outubro de 2012.