sábado, 19 de março de 2011

Março de 2011: Acompanhamento terapêutico na Gestalt-terapia


Em 16 de março, aconteceu a primeira edição do Gestalt em Ato de 2011 com o trabalho Acompanhamento Terapêutico (at) na abordagem Gestáltica, apresentado pelas Psicólogas Marcele de Freitas Emerim e Tamara Emerim Guerra. O encontro, que reuniu mais de 15 pessoas, entre estudantes e profissionais, se deu em clima de conversa informal.

Marcele e Tamara introduziram o trabalho explicando um pouco sobre a origem do acompanhamento terapêutico e como, através da dinâmica do self, a Gestalt-terapia entende a psicose (ajustamento de busca).
A partir disso, houve uma discussão sobre a singularidade e riqueza do trabalho de acompanhante terapêutico na abordagem gestáltica e a respeito das situações que o acompanhante enfrenta em sua rotina de trabalho.  Essa discussão despertou nos participantes um desejo por mais aprofundamento, que o tempo não seria suficiente para dar conta de um tema tão rico e abrangente.  Em função disso, para aqueles que se interessaram por um maior aprofundamento sobre os temas  tratados (acompanhamento terapêutico e ajustamentos de busca), foi deixado um convite para conhecer o curso Psicose na Abordagem Gestáltica: Escuta, Acompanhamento Terapêutico e Cuidado que iniciará em 16 de abril de 2011.

Agradecemos a presença de todos que participaram e contribuíram para  a construção desse belo encontro e deixamos um convite para o próximo Gestalt em Ato que será realizado em 6 abril de 2011: Descobrindo crianças e os recursos terapêuticos.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Acompanhamento Terapêutico (AT) na abordagem gestáltica


 Marcele de Freitas Emerim
Tamara Emerim Guerra

 No AT, o setting terapêutico pode ser a ruacom todas as suas possibilidades e demandas, a casa do acompanhado/consulente, a escola, o cinema, o ônibuscom todas as peculiaridades e desejos que cada lugar imprime.
Se pensarmos especialmente na Clínica dos Ajustamentos de Busca (psicose), onde a figura do acompanhante terapêutico (at) é vista com mais frequência, podemos dizer que o AT diz respeito à dimensão política de atenção gestáltica às psicoses.
Ainda que, por vezes, o profissional (at) possa dar suporte aos ajustamentos de busca como clínico (dimensão ética) ou apenasestar junto”, servindo como referência à função personalidade (dimensão antropológica); na leitura gestáltica desenvolvida pelo casal Marcos e Rosane Müller-Granzotto, o papel do at nos ajustamentos de busca é eminentemente político.
Nesse entendimento, cabe ao at estabelecer interlocuções com o meio no intuito de promover transformações para que o meio social seja capaz de acolher as produções psicóticas de seu acompanhado/consulente, visando sua sociabilidade, o aumento de sua contratualidade social – apostando em uma nova configuração que inclua o psicótico.  Busca-se a inclusão política das pessoas psicóticas. As demandas do at não são direcionadas ao consulente/acompanhado, mas sim a toda a sociedade, para o acolhimento a todo tipo de singularidade, a toda forma de se estar no mundo.

Vamos continuar essa conversa sobre as possibilidades e a função do Acompanhamento Terapêutico?

Esperamos você no dia 16 de março, às 19h, no Instituto Müller Granzotto.

Alameda Heriberto Hülse, 98 – Centro – Florianópolis
Tel. (48) 3322 2122

Essa atividade é gratuita e aberta ao público. Participe!