quinta-feira, 10 de março de 2011

Acompanhamento Terapêutico (AT) na abordagem gestáltica


 Marcele de Freitas Emerim
Tamara Emerim Guerra

 No AT, o setting terapêutico pode ser a ruacom todas as suas possibilidades e demandas, a casa do acompanhado/consulente, a escola, o cinema, o ônibuscom todas as peculiaridades e desejos que cada lugar imprime.
Se pensarmos especialmente na Clínica dos Ajustamentos de Busca (psicose), onde a figura do acompanhante terapêutico (at) é vista com mais frequência, podemos dizer que o AT diz respeito à dimensão política de atenção gestáltica às psicoses.
Ainda que, por vezes, o profissional (at) possa dar suporte aos ajustamentos de busca como clínico (dimensão ética) ou apenasestar junto”, servindo como referência à função personalidade (dimensão antropológica); na leitura gestáltica desenvolvida pelo casal Marcos e Rosane Müller-Granzotto, o papel do at nos ajustamentos de busca é eminentemente político.
Nesse entendimento, cabe ao at estabelecer interlocuções com o meio no intuito de promover transformações para que o meio social seja capaz de acolher as produções psicóticas de seu acompanhado/consulente, visando sua sociabilidade, o aumento de sua contratualidade social – apostando em uma nova configuração que inclua o psicótico.  Busca-se a inclusão política das pessoas psicóticas. As demandas do at não são direcionadas ao consulente/acompanhado, mas sim a toda a sociedade, para o acolhimento a todo tipo de singularidade, a toda forma de se estar no mundo.

Vamos continuar essa conversa sobre as possibilidades e a função do Acompanhamento Terapêutico?

Esperamos você no dia 16 de março, às 19h, no Instituto Müller Granzotto.

Alameda Heriberto Hülse, 98 – Centro – Florianópolis
Tel. (48) 3322 2122

Essa atividade é gratuita e aberta ao público. Participe!

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