segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Fuga da realidade ou fuga para a realidade? - Um olhar sobre a ficção



Para a Gestalt-terapia, todas as nossas formas de estar no mundo são chamadas de ajustamentos. Importa, no campo clínico, discutir as diversas funções da ficção frente aos sujeitos – ou seja, que ajustamentos podem emergir diante de uma obra de ficção, como filmes, música, literatura e as artes em geral. A partir de seus efeitos, na forma de ajustamentos criadores, percebemos que filmes, séries, literatura e outros modos de expressão ficcional cumprem diferentes funções na experiência.

Neste Gestalt em Ato de dezembro, encerrando a série de atividades teórico-vivenciais de 2011, queremos tratar dessas diferentes configurações que a ficção pode proporcionar. E convidamos você a experimentar-se diante da ficção científica e discutir um trabalho pioneiro realizado pelo Instituto Müller-Granzotto.

Será no próximo dia 07, quarta-feira, às 19h.

A atividade é gratuita e aberta a todos os interessados!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Novembro: Dor e saudade


Quarta-feira, dia 09 de novembro, foi realizada a penúltima edição do Gestalt em Ato de 2011 com o trabalho: Dor e saudade: conversando sobre morte e outras perdas, apresentado pelas Psicólogas e Gestalt-terapeutas Greice das Neves Pasqualotto e Lydiane Soares. O encontro reuniu estudantes e profissionais interessados no tema.

Agradecemos a presença e contribuição de todos e deixamos um convite para o próximo Gestalt em Ato no dia 07 de dezembro com o tema: “Fuga da realidade ou fuga para a realidade: um olhar sobre a ficção”, com Diogo de Oliveira Boccardi e Tamara Emerim Guerra.


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Dor e saudade: conversando sobre morte e outras perdas

Greice das Neves Pasqualotto
Lydiane Soares

Em algum momento da vida, todos nós já ficamos enlutados. Quando nos damos conta de que aquele ou aquilo que amamos se foi, o processo de luto se inicia.

Este processo envolve um desprendimento daquilo que foi perdido. É natural que fiquemos tristes, que a perda pareça irreal ou que, num primeiro momento, não nos conformemos com ela. Até acontecer esse desligamento, nossos assuntos em geral giram em torno do que foi perdido e isso também faz parte da elaboração do luto.

Por outro lado, às vezes, é difícil acostumar-se com a falta. É como se não nos permitíssemos viver a dor e perceber que algo ou alguém já não existe mais. O luto pode complicar-se quando não há uma assimilação gradativa da perda. Aquele que perdeu não olha mais para si, é como se o amor se cristalizasse no que foi perdido. Parece que não é mais possível voltar às atividades que se tinha anteriormente e seguir a vida depois da perda. A tristeza e o desânimo se prolongam demasiadamente.

Nossa proposta neste trabalho é discutir e pensar sobre o lugar do clínico no processo de elaboração e vivência do luto e como intervir em situações de perdas.

Esperamos por você!

Programação: Novembro

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Outubro: Quando a dor do outro dói em mim



Na última quarta-feira, dia 19 de outubro, foi realizada pelas Psicólogas Ana Carolina Seara e Maria Balbina Gappmayer mais uma edição do Gestalt em Ato com o tema: Quando a dor do outro dói em mim: suporte para o terapeuta que trabalha com situações aflitivas. Esse encontro reuniu estudantes e profissionais interessados no tema da atividade.
 
A proposta dessa atividade era dar continuidade ao trabalho que foi desenvolvido no dia do Psicólogo (dia 27 de agosto deste ano, em que o Instituto Müller-Granzotto promoveu um evento no qual diversas atividades foram oferecidas com o intuito de abrir um espaço de troca e conversa entre profissionais com ampla experiência clínica e estudantes e profissionais interessados em conhecer um pouco mais sobre a abordagem Gestáltica). Nessa ocasião, as Psicólogas introduziram a questão da importância do terapeuta dar-se conta daquilo que acontece com seu corpo ao estar com um consulente: a importância de escutar o outro estando atento ao impacto disso no seu próprio corpo.

Essa atividade iniciou com uma conversa sobre a trajetória para a construção desse trabalho, ou seja, os motivos que levaram à busca desse caminho: o projeto Gestalt-oncologia, a leitura sobre os ajustamentos aflitivos e o trabalho desenvolvido pela Dra. Adriana Schnake, Médica/Psiquiátrica e Gestalt-terapeuta Chilena.

Depois dessa apresentação e introdução sobre os ajustamentos aflitivos no campo da doença somática, foi apresentado um caso clínico e realizada uma discussão com base nos aspectos teóricos apresentados. Em seguida. foi aberta uma discussão sobre os recursos para se trabalhar com a doença somática e os resultados desse tipo de intervenção.

Agradecemos a presença e contribuição de todos nesse trabalho e deixamos um convite para o próximo Gestalt em Ato no dia 9 de novembro com o trabalho: Dor e saudade: conversando sobre a morte e outras perdas.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Quando a dor do outro dói em mim...

Ana Carolina Seara

Maria Balbina Gappmayer

Vivemos na atualidade grandes mudanças, sejam relativas à área científica ou de recursos tecnológicos, permitindo que as pessoas vivam mais anos. O fato é que nem sempre o aumento da expectativa de vida é acompanhado de uma significativa qualidade de vida. Os avanços da medicina permitem que várias doenças sejam diagnosticas precocemente; o avanço da indústria farmacêutica possibilita que as pessoas tenham uma longa sobrevida, apesar de doenças preexistentes. Mas o que a medicina ainda não conseguiu controlar foi o aparecimento das doenças somáticas e que, possivelmente, também estão relacionadas com a forma como vivemos na atualidade.

Ao trabalhar com a dor do outro, seja ela proveniente de um adoecimento psíquico ou somático, o terapeuta está, ao mesmo tempo, lidando com suas próprias dores, com a forma como cuida de seu corpo. Entendemos que o terapeuta é seu próprio instrumento de trabalho; coexistindo, dessa forma, uma pessoa que sofre e sente com aquela que cuida do sofrimento alheio. Em função disso, é preciso que o terapeuta saiba como é afetado pelas suas dores e que saiba cuidar delas, para que então possa olhar para a dor alheia.

Dessa forma, se o terapeuta souber compreender o que o afeta e o que faz com que seu organismo adoeça, ele estará mais preparado para auxiliar aquele que o procura. Ao reconhecer o que o faz adoecer, ao conhecer a sua própria dor e integrar aspectos seus até então rechaçados, ele estará mais preparado para cuidar da dor do outro, sem que ela lhe cause mais dor ou o faça adoecer.

Venha participar conosco dessa discussão no próximo Gestalt em Ato, dia 19 de outubro de 2011, às 19h!

domingo, 18 de setembro de 2011

Setembro: a criança e o adolescente na escola



Na última quarta-feira, dia 14 de setembro, foi realizada mais uma edição do Gestalt em Ato de 2011 com o tema: A criança e o adolescente na escola: ajustamento sincrético ou naturalização? apresentado pelas Psicólogas Lydiane Soares e Maria Teresa Mandelli. O encontro reuniu estudantes e profissionais interessados na prática clínica gestáltica infanto-juvenil e na área da educação. 

Após a apresentação dos participantes, foi realizada uma vivência na qual todos  puderam experimentar relações a partir de diagnósticos bastante frequentes no contexto escolar, como dislexia, hiperatividade, déficit de atenção ,dentre outros.  Após esta vivência,  foi aberta uma discussão sobre as impressões e percepções dos participantes acerca do que haviam vivenciado,  possibilitando  assim um diálogo sobre as diversas experiências e dúvidas a partir deste tema. 

A discussão foi articulada com a prática clínica gestáltica, favorecendo o esclarecimento de algumas questões e a apresentação de aspectos dessa  abordagem que embasam e orientam as  intervenções do clínico frente à demanda de atendimento a crianças e adolescentes diagnosticados com  problemas de aprendizagem e transtornos de comportamento. 

Agradecemos a presença e contribuição de todos nesta discussão e construção de conhecimentos sobre  esse assunto e deixamos um convite para o próximo Gestalt em Ato no dia 19 de outubro com o trabalho: Quando a dor do outro dói em mim: suporte para o terapeuta que trabalha com situações aflitivas.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A criança e o adolescente na escola: ajustamento sincrético ou naturalização?


Lydiane Soares
Maria Teresa Mandelli

A realidade da clínica infanto-juvenil apresenta uma imensa quantidade de encaminhamentos escolares que têm como queixa problemas de comportamento e dificuldades de aprendizagem.  É habitual, por parte da escola e profissionais da área da saúde, o uso de diagnósticos que classificam crianças e adolescentes como hiperativos, disléxicos, depressivos, autistas, dentre outros, que sustentam a compreensão de que o sujeito é portador de uma deficiência e desconsideram os demais envolvidos no processo de aprendizagem e desenvolvimento de crianças e adolescentes.

A terapêutica destes casos frequentemente se reduz ao uso de psicotrópicos; o Brasil é o segundo país que mais medica crianças e adolescentes. Tal realidade reforça o entendimento de que tais comportamentos diferentes “dos esperados” dizem respeito a doenças a serem tratadas e não a ajustamentos criativos para lidar com o contexto contemporâneo, marcado por incertezas e instantaneidade.

As demandas endereçadas aos psicólogos clínicos invariavelmente buscam a adequação de crianças e adolescentes às normas e padrões esperados pelo contexto escolar. 

Nosso intuito neste trabalho é refletir e dialogar sobre os efeitos de uma concepção diagnóstica e curativa que direciona a atuação do psicólogo para um atendimento individualizado ao sujeito com queixa escolar, bem como propor e discutir, sob a ótica da clínica gestáltica, uma prática que implica todos os que participam do processo de escolarização e socialização de crianças e adolescentes. A clínica gestáltica possibilita o acolhimento daquilo que é estranho, diferente da normatização, buscando a espontaneidade e a fluidez das relações.

A partir destas discussões e da prática clínica, abrem-se algumas questões:

A serviço de quem estão os diagnósticos escolares?  
Como o clínico gestáltico atua frente a estas normatizações?
 
Venha participar dessa discussão, a partir desses e outros questionamentos, no próximo Gestalt em Ato, dia 14 de setembro, quarta, às 19hs!

sábado, 6 de agosto de 2011

Agosto: Clínica como experiência inestética


Na última quarta-feira, dia 3 de agosto de 2011, foi realizada mais uma edição do Gestalt em Ato com o trabalho: Clínica como experiência inestética, apresentado pela psicóloga e gestalt-terapeuta Rosane Müller-Granzotto. O encontro reuniu profissionais interessados em conhecer as possíveis relações entre a clínica e a arte.


Nesse trabalho, Rosane convidou os participantes a uma experiência singular através de uma obra de Van Gogh. No experimento proposto, a consigna era de que a obra fosse percebida da mesma maneira como vivenciamos o primeiro contato com um consulente. A partir desse ponto, os participantes foram conhecendo um pouco das concepções estéticas da arte e daquilo que Alan Badiou denominou como inestética, tratando do ponto de intersecção entre arte e filosofia.


O trabalho foi construído articulando aspectos da leitura de Badiou e do impacto da obra de Van Gogh. A discussão suscitou vários questionamentos, abrindo possibilidades de entendimento desta perspectiva de entrelaçamento entre arte, filosofia e a prática clínica. Este trabalho também despertou o interesse dos presentes por mais aprofundamento na história da arte como uma forma de ampliação dos olhares acerca do trabalho clínico.


Agradecemos a presença e contribuição de todos no debate e na construção do conhecimento acerca desse assunto e deixamos um convite para o próximo Gestalt em Ato no dia 14 de setembro com o tema: “A criança e o adolescente na escola: ajustamento sincrético ou naturalização”.

Assista o vídeo:
Parte 1:

Parte 2: