sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Quando a dor do outro dói em mim...

Ana Carolina Seara

Maria Balbina Gappmayer

Vivemos na atualidade grandes mudanças, sejam relativas à área científica ou de recursos tecnológicos, permitindo que as pessoas vivam mais anos. O fato é que nem sempre o aumento da expectativa de vida é acompanhado de uma significativa qualidade de vida. Os avanços da medicina permitem que várias doenças sejam diagnosticas precocemente; o avanço da indústria farmacêutica possibilita que as pessoas tenham uma longa sobrevida, apesar de doenças preexistentes. Mas o que a medicina ainda não conseguiu controlar foi o aparecimento das doenças somáticas e que, possivelmente, também estão relacionadas com a forma como vivemos na atualidade.

Ao trabalhar com a dor do outro, seja ela proveniente de um adoecimento psíquico ou somático, o terapeuta está, ao mesmo tempo, lidando com suas próprias dores, com a forma como cuida de seu corpo. Entendemos que o terapeuta é seu próprio instrumento de trabalho; coexistindo, dessa forma, uma pessoa que sofre e sente com aquela que cuida do sofrimento alheio. Em função disso, é preciso que o terapeuta saiba como é afetado pelas suas dores e que saiba cuidar delas, para que então possa olhar para a dor alheia.

Dessa forma, se o terapeuta souber compreender o que o afeta e o que faz com que seu organismo adoeça, ele estará mais preparado para auxiliar aquele que o procura. Ao reconhecer o que o faz adoecer, ao conhecer a sua própria dor e integrar aspectos seus até então rechaçados, ele estará mais preparado para cuidar da dor do outro, sem que ela lhe cause mais dor ou o faça adoecer.

Venha participar conosco dessa discussão no próximo Gestalt em Ato, dia 19 de outubro de 2011, às 19h!

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