terça-feira, 22 de maio de 2012

Sofrimento ético, político e antropológico nas populações LGBT: discussões sobre práticas clínicas



Josiane Giese
Marcele de Freitas Emerim
Mariana Vidal

As discussões e problematizações sobre questões de gênero, homoafetividades, identidades trans, ainda que com notório atraso e lentidão, vêm ganhando cada vez mais espaço na mídia, nas universidades, em organizações sociais, nas políticas públicas, no cotidiano das pessoas. Cada vez fica mais explícita a violação da intimidade, a “violência da norma”, o preconceito e o “não lugar” reservado àqueles que, sob o olhar de um discurso normatizador (heteronormatizador!), estão “fora dos padrões”. Assim como fica cada vez mais evidente a necessidade de um posicionamento político dos profissionais de saúde que garanta cidadania (dimensão política) e humanidade (dimensão antropológica) a todas as pessoas: com o corpo que desejem ter, com o qual se identifiquem; com as práticas eróticas que lhe deem prazer ou satisfação; sem a necessidade (imposta) de estarem identificadas ao gênero historicamente atribuído à sua anatomia de nascença ou de “escolher” entre um ou outro (o velho binarismo que impera na lógica hegemônica de produção de saberes e poderes).
O desamparo e/ou a perseguição sofrida por algumas pessoas que “ousam” desestabilizar o pensamento dominante, bem como o não acolhimento a seus modos de se relacionar afetivo e sexualmente, ao seu modo de se vestir, ou de perceber e exibir seu corpo, pode levar ao sofrimento (ético, político e, também, antropológico).
Como temos recebido estas pessoas em nossos consultórios ou nos demais locais de atuação do psicólogo? Que clínica estamos exercendo?
Vamos continuar esta conversa?
Esperamos você no dia 05 de junho (terça-feira), às 19h (de volta ao horário original!), no Gestalt em Ato – atividade gratuita e aberta ao público.
Local: Instituto Müller-Granzotto – Centro
Al. Gov. Herberto Hülse, 98 - Florianópolis

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