terça-feira, 19 de julho de 2011

Clínica como experiência inestética


Rosane Müller-Granzotto
  
A noção de inestética, cunhada pelo filósofo francês Alain Badiou, designa uma forma de articular a filosofia e as artes, de modo que as verdades ou valores implicados nessa articulação sejam considerados efeitos imanentes às próprias configurações artísticas, delineados conforme a singularidade de cada obra; e não a presença estrangeira de um saber construído independentemente das obras, conforme postulavam as estéticas filosóficas. Isso significa dizer que, diferentemente das estéticas para quem as obras são ilustrações das verdades filosóficas, as leituras inestéticas pensam as verdades artísticas independentemente da história da filosofia, antes como verdades produzidas pelas próprias obras de arte.O que nos levou a pensar a experiência clínica como uma vivência inestética, momento de partilha entre o consulente e o clínico em proveito do que, juntos, poderão criar mais além das verdades estabelecidas pelas teorias psicológicas. Que tipo de configuração então se cria entre o clínico e o consulente? Em que sentido ela é geradora de verdades singulares? Responder a essas questões de modo teórico e vivencial é o propósito desta oficina, que integra mais uma das apresentações do projeto Gestalt em Ato do Instituto Müller-Granzotto de Psicologia Clínica Gestáltica. 


Esse trabalho será apresentado no dia 3 de agosto de 2011, quarta-feira, às 19hs. E você é nosso convidado para compartilhar dessa experiência!

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