terça-feira, 19 de julho de 2011

Clínica como experiência inestética


Rosane Müller-Granzotto
  
A noção de inestética, cunhada pelo filósofo francês Alain Badiou, designa uma forma de articular a filosofia e as artes, de modo que as verdades ou valores implicados nessa articulação sejam considerados efeitos imanentes às próprias configurações artísticas, delineados conforme a singularidade de cada obra; e não a presença estrangeira de um saber construído independentemente das obras, conforme postulavam as estéticas filosóficas. Isso significa dizer que, diferentemente das estéticas para quem as obras são ilustrações das verdades filosóficas, as leituras inestéticas pensam as verdades artísticas independentemente da história da filosofia, antes como verdades produzidas pelas próprias obras de arte.O que nos levou a pensar a experiência clínica como uma vivência inestética, momento de partilha entre o consulente e o clínico em proveito do que, juntos, poderão criar mais além das verdades estabelecidas pelas teorias psicológicas. Que tipo de configuração então se cria entre o clínico e o consulente? Em que sentido ela é geradora de verdades singulares? Responder a essas questões de modo teórico e vivencial é o propósito desta oficina, que integra mais uma das apresentações do projeto Gestalt em Ato do Instituto Müller-Granzotto de Psicologia Clínica Gestáltica. 


Esse trabalho será apresentado no dia 3 de agosto de 2011, quarta-feira, às 19hs. E você é nosso convidado para compartilhar dessa experiência!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Julho de 2011: Alice no País das Maravilhas



Na última quarta-feira, dia 6 de julho, foi realizada mais uma edição do Gestalt em Ato de 2011 com o tema: Alice no país das Maravilhas e as formas de ajustamento na Gestalt-terapia, apresentado pelas Psicólogas Ana Carolina Seara e Maria Teresa Mandelli. O encontro reuniu estudantes e profissionais interessados na abordagem gestáltica.

Após a apresentação dos participantes, foi dado início aos trabalhos com a apresentação do filme “Alice no País das Maravilhas”, do diretor Tim Burton (2010). Depois da exposição do filme, foi aberta uma discussão sobre as primeiras impressões que o filme causou e foi feita uma tentativa conjunta de fazer uma leitura dos aspectos psicológicos envolvidos na trama. Dando sequência ao trabalho, as psicólogas apresentaram uma possibilidade de leitura da obra por duas vertentes: como um sonho e como uma produção de um ajustamento de busca (psicótico). 

O trabalho foi construído articulando aspectos da teoria do sonho e da leitura dos ajustamentos, principalmente do ajustamento de busca.  A discussão suscitou muitos questionamentos, abrindo várias possibilidades de entendimento do filme e elucidando questões sobre a teoria gestáltica. Para aqueles que quiserem aprofundar seus conhecimentos no trabalho clínico com sonhos, foi deixado um convite para o curso que iniciará final de agosto deste ano: Sonhando acordado: sonhos como possibilidade de intervenção terapêutica.

Agradecemos a presença e contribuição de todos no debate e na construção do conhecimento acerca desse assunto e deixamos um convite para o próximo Gestalt em Ato no dia 03 de agosto com o trabalho: “Clínica como experiência inestética

domingo, 3 de julho de 2011

Alice no País das Maravilhas e as formas de ajustamentos na Gestalt-terapia


Ana Carolina Seara
Maria Teresa Mandelli

Alice nos País das Maravilhas de Tim Burton (2010), adaptação da obra de Lewis Carroll (1865), é um filme baseado na clássica história infantil em que a personagem principal, Alice, visita o país das Maravilhas.  Nessa versão da obra para o cinema, somos convidados a acompanhar Alice, agora uma jovem, em uma viagem a um mundo fantástico onde realidade e fantasia se misturam.


Dentro da diversidade de possibilidades que o filme traz, podemos refletir sobre a transição do mundo infantil para o mundo adulto - a adolescência; as diferentes formas de ajustamentos na clínica gestáltica e suscitar um questionamento: o país das maravilhas consistiria em uma construção onírica ou seria uma produção de um ajustamento psicótico (de busca)?

A partir desses e de outros questionamentos, nosso objetivo no Gestalt em Ato de julho de 2011 é mostrar, através de uma leitura desse filme, a forma de trabalho e a compreensão dos ajustamentos na clínica gestáltica. E você é nosso convidado para compartilhar dessa experiência, quarta-feira, dia 6 de julho de 2011, às 19hs.

Assista ao trailer: